JUSTIFICATIVA DA CRÔNICA DE NATAL:
Escolhi este tema e fiz este trabalho prazeroso seguindo uma sugestão do Mestre que não quis aparecer: julga-se muito importante para isso. E é. Paciência.
Sendo assim, a minha dedicatória vai a todo brasileiro que se sente ferido perante a tantas discrepâncias governamentais, a todas as mães que, como eu, têm o seu “menino-home” na fase do galo capão, e ao povo em geral, que está aí roendo tampa de penico, com os seus filhos estudando nas degradantes escolas públicas brasileiras, enquanto milhões são desviados a favor de poucos.
...Não me julguem: sou apartidária; não acredito em partidos, acredito em pessoas. E antes que me perguntem, não tenho a menor intenção de candidatar-me a nada. Quanto à pontinha de cinismo... esta fica por conta do estilo que herdei como legado do tal... Mestre.
CRÔNICA DE NATAL
A magia do Natal põe tudo em seu devido lugar – pelo menos por uns dias: as pessoas ficam dóceis, tão inclinadas a concordar...! As crianças clamam por presentes... As mulheres compram vestidos novos, preparam ceias, e o diabo do poder dá um tempo.
Ao contrário dos votos que eu me faço todo ano, para o ano que vem, a vã promessa de um ser “remodelado.” Com certeza, serei eu de novo na fita, sem óleo de peroba ou vaselina na cara, sem máscaras ou subterfúgios, fugindo da carapuça do marketing como o diabo foge da cruz: ... burro velho não aprende mais – reza o ditado do interiorzinho.
Diferentemente de outros tempos, hoje, na abordagem do capitalismo tardio, tudo gira em torno do marketing pessoal. E como fala aquele colunista da Folha de São Paulo, tudo vira “de plástico.” Sorrisos “de plástico”, favores “de plástico,” relações “de plástico.” E com o plástico tão em moda, a indústria da auto-ajuda encontra terreno propício para nos disseminar soluções milagrosas e meter a colher nas questões mais íntimas. Lembrando que, ao julgar, aconselhar ou criticar, quem o faz coloca-se automaticamente, numa posição de superioridade, de exemplo, de suposta vantagem... sobre o outro.
Mas, suscetível e volúvel como o ser humano é, será mesmo que alguém pode se considerar doutor em felicidade?
...Com a chegada do Natal, tem gente que não perde a oportunidade de querer nos transformar em vaquinhas de presépio...!
Saio deste ano (“de plástico”), quero dizer, velho, com a forte sensação de dever cumprido: não logrei meu patrão, o colesterol e o trigliceres estão em ordem... fui leal à minha esposa e aos meus amigos, já paguei promessa pros Santos Reis e consegui guardar algum. Saio com o orgulho de sempre levar para onde vou a força e a determinação do meu trabalho. Sim, porque gente como eu vive para o trabalho. O trabalho vira a razão maior. Sem ele, parece não haver identidade. Sem o trabalho, a gente broxa! E, às vezes, a gente broxa por causa do trabalho num trocadilho indigesto.
O trabalho e o nome limpo são as coisas mais valiosas para gente como eu: sem eles, não se consegue comprar a prazo.
...Ai que saudades da vidinha besta do interior... Eu não “faiava” numa domingueira, e galinha me acordava cedo cacarejando no quintal... Lá, eu não precisava passar pela dor de decidir entre viajar nas férias prá casa de um parente, ou colocar laje na minha casa. Lá, quando chovia, eu não trabalhava... “por mó di que” o mato e a terra embatumavam na enxada;... chegava a ser bonito tantão de homem bebericando na venda e jogando truco” adispois” da cesta...
Tudo alagado pela represa da hidrelétrica...
Mas saio deste ano velho cismando que há algo errado comigo. Sinto-me pequeno, indefeso, impotente e perplexo diante dos fatos que se levantam à frente dos meus olhos como uma constante arapuca: e vai em cima e vai embaixo...e quanto mais a mídia cavoca, mais podridão sai no enxadão... Nesta verdadeira crise de valores que estamos vivendo, já começo a colocar em dúvida se certos os ensinamentos do meu pai... A turma do RH diz que eu estou sofrendo de baixa-estima; talvez, depressão... Mas o meu problema já foi escancarado por Tiãozinho, amigo meu: “deixa de ser besta, sô... ocê é certinho demais... assim, não há quem arribe de vida!”
Veja bem: rezo pelos os que me invejam, fico corado quando minto, pago as minhas contas em dia... olha só que coisa infame: não consigo dever, tenho insônia! Isto é ridículo. Os ricos devem e acordam sem olheiras, não passam mal de gastrite por isso. Tem rico que faz coisa pior e nada lhe acontece, nada... E nós ainda lhes batemos continência, estendemos tapete vermelho. ...Nós, imitando a humilde figura bíblica de Lázaro, contentamo-nos com as migalhas que caem das mesas dos poderosos. Tanto tempo passado e ainda não evoluímos em nada na nossa atitude servil. ...Ah, meu Deus, é este maldito complexo de pequenez que acaba com a gente!
A chegada de mais um ano novo me faz lembrar que estou ficando velho, que meu marketing pessoal é fraco porque sou tímido - que meus cabelos estão brancos, que já estou sem paciência para reviravoltas tecnológicas e desmandos midiáticos. Olha só se não é para o caboclo direito perder a cabeça: a mesma mídia que me mantém informado, traz-me a toda hora um filho duma mãe tentando me dizer o que devo fazer da minha vida, onde devo enfiar meu dinheiro... numa continuação enviesada daquele discurso presepado!
Como resposta positiva ao interesseiro discurso capitalista, a mídia nos vende diariamente a fórmula do prazer máximo em todos os sentidos. E o resultado desta proeza é o que a gente vê por aí: seres infantilizados que não aceitam que nada fique para ser vivido no amanhã. Viramos os seres imediatistas do aqui e do agora.
Eu bem sei... hoje não é dia disso... estão todos em clima de festa, todos eufóricos e distraídos com a minha deselegância; todos desatinados com o meu indiscreto balanço de vida fora de hora, por isso, sinto-me à vontade para lhes confessar que sou um cara medíocre de frente e verso...: eu não consigo ser engraçado como os meus amigos... Eu não consigo encantar como aqueles que pensam pouco... Eu não tenho o charme dos irresponsáveis... que riem à toa! Eu não tenho a insanidade daqueles que jogam dinheiro dos outros fora... Daqueles que lavam a rampa com champagne francês... e, depois, num ímpeto de sanha, ali defecam maculando assim o que deveria ser sagrado, fazendo-a cair na descrença do povo que a tem como espelho.
É este excesso de dignidade que me atrapalha! Vou lhe ser franco de todo modo: a minha leitura pouca e a minha dignidade muita não me permitem a falsidade do beijo de Judas; o tascar no alheio. E é por isso que a essas alturas eu invejo a cara de pau de muitos parlamentares que roem; dos que confabulam nas sombras com os traseiros acomodados nas macias cadeiras de veludo. ...Eu sempre sonhei em ter seis cadeiras de veludo na sala, em dar escola boa para os meus filhos. Eu sempre sonhei em fazer uma grande compra em um supermercado, aquela de encher três carrinhos sem suar frio só de imaginar quanto iria custar. Sonhava em ir a um dentista pago antes de perder os meus dentes. Sonhava com um médico decente que desse conta de curar o mal que levou me pai. E hoje olho para os meus filhos e fico triste, porque eu não vejo também mudança significativa alguma para o futuro deles, ao observar o caos que virou a educação brasileira. Está tudo errado: lá, na escola em que eles estudam, há muitas obras clássicas que foram doadas, mas eles não são persuadidos a desbravá-las... A secretária de educação, a diretora, a professora, sei lá quem... prefere sempre adotar as de fácil compreensão, as “mais molinhas,” as mais engraçadas. Por isso, o poder de raciocínio e de coesão deles, na hora de se pronunciar, de produzir e de interpretar textos, já está bem menor do que os das gerações passadas.
O saber está raleando.
Admito: em muitos aspectos, os nossos filhos nos superaram, nos passaram a perna. A geração videoclipe sabe muito, mas é um saber fragmentado... embora viva num tempo de amplas possibilidades e consiga fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Lá, na escola dos meus filhos, também há computadores, não posso negar esta tentativa de democratização da tecnologia por parte do governo federal. O Lula tem sido bom neste ponto. Mas o que a “inclusão digital” tem acrescentado de real e objetivo para o aprendizado dos meus filhos? Nada. Porque, ao contrário de muitos países, aqui no Brasil, ainda não foram desenvolvidos conteúdos significativos para serem estudados no computador dentro da sala de aula. Desta forma, os meus filhos vêem o computador da escola mais como um lazer, como uma atividade extra-classe, uma válvula de escape para matar o tempo. Ainda quanto à contribuição positiva da era digital para a vida escolar, se abusar, os meus filhos continuam falando tão errado quanto o Jeca Tatu. Talvez até pior, porque agora eles dilaceram literalmente a língua portuguesa no bendito messenger nas lan houses diariamente. Os meus filhos são os analfabetos do computador. Eles só sabem copiar e colar. Não estão culturalmente preparados para se interessar, para compreender a importância do aprender, do pesquisar, do assimilar. Eles não estão preparados para investigar, para decidir, para arbitrar sobre o que é bom ou ruim, para separar o joio do trigo. Afinal, nem tudo o que brilha é ouro. Lá, onde os meus filhos estudam (que deve ser o mesmo lugar onde a maioria dos brasileiros pobres estudam ), como prova de total falta de diligência - eles não são suficientemente instruídos e estimulados pelos seus superiores de forma lúdica a usufruir das vantagens da máquina sem se deixarem cair nas armadilhas que lhes desviam a atenção, já que lhes falta maturidade. E como santo de casa não faz milagre – eu conto em vão com a possibilidade de aparecer alguém lúcido, com temperança suficiente para lhes explicar com didática, com amor e tolerância, com a divina vocação de quem nasceu para ensinar independente do valor do salário: “Ô, coraçãozinho... não é assim não, copiar sem ler e interpretar não vale não, viu!..., é zero! ...Assim como também é nota zero dar como suas, idéias que não lhes pertencem...” Desta forma, diante da negligência dos meus filhos, que dão Ctrl c e Ctrl v nos trabalhos escolares - na ausência desta total falta de atitude, de posicionamento e de coragem do mestre, que, por outro lado, também é diariamente cobrado pela escola camaleoa a não desagradar ao despotismo desta geração cibernética, que ameaça as instituições com a evasão escolar - a escola finge que ensina, e os meus filhos fingem que aprendem, numa prova cabal da consolidação da hipocrisia e... do desinteresse mútuo.
Diante desse ambiente desagregador, no qual a boa leitura é vista como algo desgastante e o computador é encarado nas escolas mais como uma diversão, nós, brasileiros, estamos sendo assolados por uma forte onda de conformismo em todas as instâncias; estamos nos habituando ao fracasso. Desta forma, está crescendo no país um novo tipo de “amarelão,”: trata-se daquele aluno improdutivo do ponto de vista intelectual, que sai da escola com diploma, mas sem entender ao menos por que lá entrou; Logo, sem perspectivas de futuro. Desta maneira, dá-se profeticamente a higienização unilateral da ignorância, que cumpre a sua meta de vencer o analfabetismo, apenas do ponto de vista estatístico. Conclusão: continuamos a amassar barro quando se trata de traçar estratégias para eliminarmos aquela doença que “astravanca o progresso.” ...E, pelo andar da carruagem, o pessoal do ministério da Educação vai continuar se perguntando por muito tempo: “oncotô..., proncovô...?” -O momento pede coragem. Portanto, admitam e repitam comigo: nós erramos.
Uai! então não são mais as crianças que representam o futuro de uma nação? Pela indiferença e pelo desprezo que lhe são atribuídos - no Brasil - pelo jeito, não! No Brasil, o saber lasseou.
Os meus filhos conhecem muito bem um mouse, mas, em contrapartida, não conhecem o cheiro de bosta de vaca. Conhecem fórmulas de matemática que dificilmente terão oportunidade de usar na vida prática, mas, em contrapartida, mal sabem expressar no papel os seus sentimentos mais primários, e ainda por cima escrevem paçarinho com...
...E é essa falta de contato com a realidade que me preocupa! É este desinteresse pelas origens das coisas que me tira o sono. O mesmo condutor de energia... o mesmo fio condutor que ligou a geração dos meus ancestrais tataravós à minha geração, e que agora tenta manter o mesmo elo com a geração dos meus filhos, está se descolando, perdendo contato, porque, neste tempo novo, tudo é movido e ligado por uma linha muito tênue... tudo começa e termina com muita facilidade. É tudo artificial, sem profundidade, raso, oco. Temo que a era do similar, do simultâneo, da interatividade, seja sinônimo da morte da nossa memória, a julgar pelo desinteresse que os meus filhos cultivam pelas coisas do passado, pela história do mundo e até pela nossa própria história de herança familiar, que inclui desde os preciosos cadernos de receitas que vinham com o enxoval da noiva..., álbuns de fotografias, toalhas bordadas à mão - aos bucólicos aparelhos de chá de porcelana. Com tanto desdém e com tantas facilidades à vista, não é à toa que os meus filhos achem que dinheiro dá em pé de tangerina...
-“Mamãe, fique fria: aquele papo da manga com leite já caiu...”
Se para o bem ou para o mal da humanidade, não cabe a mim julgar, mas a tecnologia (e com ela o computador e a internet), veio para ficar. Assim como na minha infância, em meados da década de 1960, o princípio das noites passadas nos terreirões de café, ao luar, namorando as estrelas, foi substituído repentinamente pela companhia da televisão com a chegada da energia elétrica, destituindo brutalmente o poder do rádio – hoje também as crianças modernas vêem-se diante de um novo paradigma. Para elas, para muitas crianças e adolescentes, menos revisitados pela consciência e pela presença dos pais, o computador (Leia-se: internet) veio substituir a infância de verdade, real, a vida alegre e ensolarada que há lá fora. Ele modificou a forma deles se relacionarem com a família, com as tarefas escolares, com o namoro e com os amigos. Com este último, hoje, muitas vezes, preferem fazê-lo à distância. Chegam ao cúmulo de conversar horas na internet com o coleguinha que mora do outro lado da rua. O computador silencioso, frio e onipresente, sintetizou, suprimiu, abreviou o prazer dos nossos filhos de brincar de amarelinha nas ruas, o encanto das férias na fazenda, o ninar das bonecas e o brincar de casinha com suas nanas e papas, que perdurava até às vésperas da adolescência. Em muitos casos, ele veio sorrateiramente preencher a ausência da mãe, que, assim como o pai, hoje, também sai igualmente de casa para trabalhar, deixando no lar um vácuo, abrindo uma lacuna que NINGUEM consegue preencher. Espaço este que, às vezes, se tenta preencher com a presença da empregada doméstica, atribuindo-lhe a função de lavar, passar, cozinhar e ainda cuidar das crianças por um salário mínimo. E esta, diante de tantas atribuições, dá graça à Deus quando a criança planta-se horas distraída em frente a um aparelho eletrônico.
Essa engenhoca, essa máquina deslumbradeira de sonhos, virou, na visão dos nossos, uma companhia, uma espécie de anjo da guarda sem alma e sem asas, um anjo de cara suja às avessas; uma espécie de brincadeira solitária, séria, individual, uma espécie de fio terra eletrônico em que as crianças e adolescentes despejam todas as suas energias, só que com outros tipos de peraltices...
...Elas dão uma voltinha e, quando a gente pensa que elas se esqueceram da pecinha anexa,... lá estão elas de novo teclando, vivendo a vida “di mentira” paralisadas diante da maquineta, reféns da atraente tela, enlouquecidas com a multiplicidade de mensagens que pipocam sem parar. E quando não, estão falando freneticamente ao celular, substituindo as queimadas e as peladas pelo ruidoso videogame convencional (que aos poucos também vem sendo destituído pelo poder atrativo do computador), deixando,assim, pouco espaço para o altruísta diálogo familiar.
Cabe aos pais e às escolas redirecionar o uso deste introspectivo brinquedo novo, que, usado de modo inadequado, pode virar uma verdadeira arma contra a vida familiar e a educação. Mas, que regrado, manipulado com sabedoria, vigília e sensatez, pode ajudar a diminuir a distância entre os países de primeiro mundo, e o fosso da educação dos de terceiro...
Com tanta preocupação me tirando o apetite, constato que eu estou só. Porque eu, João Tenório da Silva, sou o povo. Hoje, o povo não tem ninguém por si. É muito doloroso para um pai descobrir que os seus filhos também estão sós. Ao contrário de muitos governantes cercados de parlamentares eleitos de forma legítima, que, muitas vezes, nem parecem ser pais tamanha indiferença com os filhos dos outros – os pais de família “de verdade” sempre pensam no bem maior, porque eles são constantemente assolados pelo fantasma da empatia que herdam quando os filhos nascem. Quando os filhos vêm ao mundo, os pais sempre acham que os seus filhos terão um destino melhor que os seus. Daí, a minha grande frustração: olho para os meus filhos e vejo a mesma história medíocre da minha vida a se repetir.
Admito: eu sou um João ninguém... mas daí aos meus filhos, a sê-lo - não! ...E para pressagiar o futuro deles, nem preciso dos serviços de uma competente cartomante. Basta observar a abissal distância de conhecimento que existe entre os meus filhos e os primos mais privilegiados...
Com o mundo tão moderno, tão competitivo e tão cheio de novidades ameaçadoras, talvez a psicóloga da empresa tenha mesmo razão: preciso dar uma reciclada. Esta decidido: pelo bem dos pardais que eu tenho em casa para dar água, farei um esforço extra, deixarei a porta da boa vontade aberta para a inteligência emocional de Goleman entrar cachola adentro (eu não falei ainda pra vocês, mas tem um estagiário letrado na minha cola... aceitando ganhar cerca de 30% do que eu ganho para exercer a mesma função do que eu. E ele tem um marketing pessoal que me mata...). Tentarei também como estratégia de sobrevivência na selva, ser mais engraçado: no novo ano, farei um cursinho de humor negro com o Paulo Eduardo... e tentarei distribuir sorrisos encapsulados à vontade...
Mas, para as mulheres, más notícias – não pretendo fazer cirurgia para reduzir o estômago, implante de cabelo, ou mesmo me separar nos próximos 50 anos. A experiência de vida me ensinou que eu sou o que sou, e que, a essas alturas, vale mais uma pombinha leal na mão do que duas assanhadas voando.
Lya Luft, eu não tenho nada contra os seus livros. ...Eu sinto muito..., mas vou ter de te atirar a primeira pedra: sabe aquela mulher que você disse não existir, aquela, que jamais criticou as avacalhações do tempo... bem, você sabe... aquelas inevitáveis e indiscretas evoluções negativas da forma física humana (forma de bola) que chega com o avançar da idade? – ela existe sim senhora, mora aqui em Uberlândia, tem um metro e setenta de altura, pesa 64 quilos, tem uns pezinhos lindos, e diz que me ama com casca e tudo (e olha que além d‘eu ter um barrigão de chope, nem rico sou!).
Espelho, espelho meu... existe alguém mais sortudo no casamento do que eu???
...Pena que muito em breve o presépio de vidro voltará para a caixa de guardados... E com ele as fantasias encantadas de dezembro.
Quem ficou contente com a reeleição do Lula levante a mão... Para os demais, feliz natal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-Adeus ano velho!
Feliz ano novo!
Pronto. Acabou a trégua. Abriram a caixa de Pandora. É lá “em vem” o tropel do diacho do poder saltando na linha de frente, de novo!
VERA FORNACIARI
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
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2 comentários:
Sensibilidade expressa por ricas metáforas cujas significações são
contundentes. Textos prazerosos
de se lerem: resultado da
proficiência quanto ao uso da língua. Linguagem assaz interessante - plástica:
vi, senti cada personagem e cenário desta crônica: coisas do cotidiano tão minuciosamente e sagazmente captadas.
Vera,
Assim são seus textos. Parabéns!
Continue nos presenteando com
a arte de escrever. Você a sabe
muito bem.
Sua leitora freqüente e grande admiradora,
Professora Marta Pereira de Almeida.
Oi Vera, estou me deliciando com seu blog. Somente agora pude parar, e começar a ler seus textos. Estou gostando muito. Continue escrevendo porque para mim não são apenas palavras: são presentes. Adorei esse NATAL. Bjs Simone Guimarães Saad
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