segunda-feira, 2 de julho de 2007

Poema da Aceitação

"Insubmissas Saias"

“INSUBMISSAS SAIAS”












Mulher é flor feminina viçosa, feito dourados cachos de arroz em fim de estação... Espirituosa bergamota do pomar... Recôncavo travesseiro de paina e lã.
Na roça, assim toda vestida de arte vegetal, mulher coragem se esquece que é anca frágil de dizeres delicados. Lá onde a sua delicadeza não cabe – muitas vezes cabe a ela – logo ela – singela roseira perfumada nascida na horta...! Recôndito travesseiro de fibra e determinação! Sutileza de boneca de louça suja de graxa...
A doçura da mulher nunca é sujeição: o ladino “bicho-home” ainda não conseguiu inventar máquina de ler pensamentos de rio calmo e fundo...! E é lá naquele lugar subjetivo aonde ninguém vai - que as suas “insubmissas saias” preservam toda a soberba da sua identidade.
...São elas, a ternas mulheres que movem os anseios do mundo... E é em função dos desejos e dos caprichos delas que os homens vivem...!



VERA FORNACIARI

Poema da aceitação

POEMA DA ACEITAÇÃO


Ainda que muitos só levem em conta a minha farta idade...
Ainda que aparentemente todas as portas se fechem -
Quero viver cada instante com profunda intensidade.
Se a vida é um valoroso presente de Deus,
Quem sou eu para abreviá-la com a minha tristeza?

De manhã,
Eu quero ter o direito de levantar em paz com as minhas dores,
e aceitá-las.
Eu quero ficar em paz com os meus espelhos...,
Sem me culpar pela vaidade ferida.
Eu quero ficar em paz com as minhas crenças e com os meus valores...
exorcizando assim, toda a angústia , e toda a mágoa que por ora teimem em se fixarem em mim.

Agora, que eu fiquei mais velha, finalmente compreendi:
Para que os outros me aceitem como sou –
Eu é que preciso me aceitar primeiro naquilo que tenho de mais
Imperfeito... amando e curando as minhas partes mais machucadas... aquelas, aonde somente eu e Deus podemos ir.

Mesmo que a vida por hoje se mostre sem significados – e que tudo lá fora conspire para eu parecer desconexa, ultrapassada, e sem destreza – a minha vida só cabe a Deus arbitrá-la.

Agora que envelheci, me tornei curiosamente sábia ao perder a pressa...
Agora eu finalmente compreendi olhando para a história nada edificante do mundo e para a própria história da minha vida, o quanto sou responsável pelas minhas escolhas – e o quanto sou salutar para a paz e para o equilíbrio da humanidade.

É incrível, não é...?
Eu precisei passar pela dor do orgulho de envelhecer
Para poder aceitar o meu real papel a desempenhar no mundo...,
Para descobrir o verdadeiro significado de toda a saga da minha austera existência...!
E eis que quando a minha obrigação já me parecia de todo cessada – felizmente vejo que é agora que ela está realmente começando.


VERA FORNACIARI

Eterna

ETERNA
.




Quando pequenos, sempre discutimos teimosos o poder mátrio. Mas tão logo crescidos, descobrimos que ela não era simplesmente uma mãe: tratava-se de um anjo...
Dentre todas as mães, a nossa mãe é sempre a estrela matutina mais “lumienta.” “A mais boa”. A que faz a melhor calda de chocolate.
... As mães, não são da época descartável da globalização... Elas são fabricadas para durar, e é por isso que são feitas de ferro...
No lar ela é zelo. Esteio. Luz. Um enérgico ser esquisito que está sempre indeciso da hora certa de ser mármore ou torrão de açúcar.
Na cabeça das crianças, as mães nasceram para viver para sempre! E é por isso que quando questionadas sobre a sua longevidade, sobre a possibilidade de virem a faltar - sentimentais - as mães fingem-se eternas...
Tão grandiloqüente o papel da mãe, que a emancipação humana nunca é o bastante quando se trata de desvencilhar-se daquelas mãos ternas que embalaram o berço...
...Não adianta... quando se trata de mãe, somos todos crianças... e as mães, todas eternas...!

VERA FORNACIARI

Aurora dos meus ais

AURORA DOS MEUS AIS...








Noticiam os jornais que o nosso planeta está doente e que a culpa é nossa.
A cinzura que eu vejo lá fora está muito distante do futuro que eu sonhei para os meus netos...: noites mais quentes, enchentes, degrado, “refugiados do clima” em franca onda de migração...
-Que termos são estes, meu Deus?
No bojo da permanente curiosidade humana, o senso trágico da destruição...: desmatamos, tingimos o ar, consumimos em excesso e sem culpa. Na era superficial do néon e do consumo desregrado, até os guarda-chuvas são descartáveis.
Hoje, muito dos nossos filhos e netos estão apenas no florescimento... Mas amanhã serão eles os herdeiros do planeta... E constato com um certo constrangimento ético que a nossa porta não está bem cuidada... Faltou-nos zelo para com as próximas gerações... Logo àquelas para quem carinhosamente plantamos pés de maçãs...
...Passamos a vida perseguindo sonhos de riqueza...; mas queira Deus que nunca se concretize e profecia paradoxal dos bolsos cheios e celeiros vazios...!
A água... Abençoada água... O solo, os bichos, as matas, o fulgor da aurora boreal... tudo em mãos humanas. Estarão por acaso estas dádivas nas melhores mãos?!
... Do alto, o dedo de Deus meio a nuvem de algodão a nos alertar...:
- Eu já não te mando mais frio como antigamente...
Pena que acreditamos pouco naquilo que não nos pareça vantajoso.
Há muitos bilhões de anos, antes de mim e de você, a natureza tinha o equilíbrio perfeito na qual a atividade humana mexeu e desarticulou. É chegada a hora de fazermos o caminho de volta.
...O mundo só vai começar a sarar no dia em que cada um de nós começar a fazer a sua pequena parte - no dia em que as escolas se espiritualizarem e começarem a ensinar coisas mais práticas!
...As “azulegas” pombas sertanejas quase já não cruzam mais os céus...; ai do homem que impedir os olhos dos seus netos de verem o esplendor da aurora boreal...!



















AURORA DOS MEUS AIS – VERSÃO REDUZIDA











LOC: Noticiam os jornais que o nosso planeta está doente e que a culpa é nossa. A cinzura que eu vejo lá fora está muito distante do futuro que eu sonhei para os meus netos.
...Desmatamos, tingimos o ar, desperdiçamos água, gastamos em excesso e sem culpa. Na era superficial do néon e do consumo desregrado, até os guarda-chuvas são descartáveis.
...A nossa porta não está bem cuidada...! Faltou-nos zelo para com as próximas gerações... Logo àquelas para quem carinhosamente plantamos pés de maçãs...
Passamos a vida perseguindo sonhos ambiciosos de riqueza...; mas queira Deus que nunca se concretize a profecia dos bolsos cheios e celeiros vazios...!
O mundo só vai começar a sarar no dia em que cada um de nós começar a fazer a sua pequena parte – no dia em que as escolas se espiritualizarem e começarem a ensinar coisas mais práticas!
...As pombas “azulegas” quase já não cruzam mais os céus...; ai do homem que impedir os olhos dos seus netos de verem o esplendor da aurora boreal...!

domingo, 1 de julho de 2007

Romaria

Vídeo desenvolvido para a Rede Integração sobre a festa de Romaria em Minas Gerais.

Folia de Reis

Vídeo desenvolvido para Rede Integração sobre a festa de Folia de Reis em Minas Gerais.

Cavalhada

Vídeo desenvolvido para a Rede Integração sobre a cavalhada em Minas Gerais.

Copa do Mundo

Vídeo desenvolvido para a Rede Integração sobre a derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo.