sexta-feira, 14 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
noite de autógrafos
NOITE DE AUTÓGRAFOS
Alguns autores já haviam me prevenido de que a noite de autógrafos para um artista assemelha-se a emoção do dia do seu casamento (mesmo sabendo que daí a uma semana, esquecido, provavelmente o seu livro pode ir parar no fundo da loja por causa das crescentes novidades). Mas eu vou mais longe: sexta-feira foi o dia mais bonito da minha vida. Não que casar-me ou tornar-me mãe não tenha sido significativo para mim. Foi. E muito. Afinal, sempre me fascinou a idéia de dedicar-me a algo. Mas nestes dois casos, ambos os episódios já eram aguardados com expectativas pelo meu coraçãozinho ansioso quando aconteceram. Já ver o meu trabalho fazer tanto sucesso no primeiro dia, não.
Naquela sexta vendi uma marca histórica de livros para uma pessoa totalmente desconhecida do meio e que mora no interior; formou-se uma fila enorme que não acabava nunca por quase quatro horas, e centenas de pessoas manifestaram o seu carinho por mim, me dizendo coisas lindas, abraçando-me, beijando-me, tirando fotos comigo. Elas nem sequer se importaram de ficar horas na fila a espera de um autógrafo.
O meu lançamento vem desmistificar a idéia antiga de que o Uberlandense não acolhe bem os seus escritores. Fui acolhida com respeito e devoção por muita gente que nunca havia me visto antes. E ter feito um trabalho sério por meses a fio junto a instituições respeitadas, ter uma editora forte e grandes meios de comunicação atrás de mim também fez toda a diferença.
Mas o grande segredo mesmo é acreditar. E eu sempre disse e repito: o meu livro é lindo!
...Achei tão bonito por parte dos meus colegas e dos meus professores “comprar” meu livro, e não simplesmente esperar por um brinde. E mais comovente ainda foi ver os meus vizinhos menos favorecidos fretarem vans para conseguir chegar ao local e finalmente poder me abraçar e comprar um livro meu. Houve até quem comprasse oito de uma só vez para presentear! Uma verdadeira demonstração de respeito à arte e ao artista que muitas vezes debruça-se por anos sobre a sua obra sem ter o mínimo reconhecimento por parte da sua comunidade quando o seu trabalho é posto à prova.
É muito gratificante a sensação de pertencer verdadeiramente a um lugar, de ser estimado e respeitado por ele. E hoje eu posso dizer de coração que pertenço a este lugar e as estas pessoas que me acolheram. E que um pedaço do meu coração nunca deixará de estar aqui. Mesmo que um dia os meus passos me levem.
Obrigada, Uberlândia!, você deu um show de elegância ao acolher com afetuosidade o meu Amoras, cerejas, Morangos e... sapatos vermelhos.
VERA FORNACIARI
Alguns autores já haviam me prevenido de que a noite de autógrafos para um artista assemelha-se a emoção do dia do seu casamento (mesmo sabendo que daí a uma semana, esquecido, provavelmente o seu livro pode ir parar no fundo da loja por causa das crescentes novidades). Mas eu vou mais longe: sexta-feira foi o dia mais bonito da minha vida. Não que casar-me ou tornar-me mãe não tenha sido significativo para mim. Foi. E muito. Afinal, sempre me fascinou a idéia de dedicar-me a algo. Mas nestes dois casos, ambos os episódios já eram aguardados com expectativas pelo meu coraçãozinho ansioso quando aconteceram. Já ver o meu trabalho fazer tanto sucesso no primeiro dia, não.
Naquela sexta vendi uma marca histórica de livros para uma pessoa totalmente desconhecida do meio e que mora no interior; formou-se uma fila enorme que não acabava nunca por quase quatro horas, e centenas de pessoas manifestaram o seu carinho por mim, me dizendo coisas lindas, abraçando-me, beijando-me, tirando fotos comigo. Elas nem sequer se importaram de ficar horas na fila a espera de um autógrafo.
O meu lançamento vem desmistificar a idéia antiga de que o Uberlandense não acolhe bem os seus escritores. Fui acolhida com respeito e devoção por muita gente que nunca havia me visto antes. E ter feito um trabalho sério por meses a fio junto a instituições respeitadas, ter uma editora forte e grandes meios de comunicação atrás de mim também fez toda a diferença.
Mas o grande segredo mesmo é acreditar. E eu sempre disse e repito: o meu livro é lindo!
...Achei tão bonito por parte dos meus colegas e dos meus professores “comprar” meu livro, e não simplesmente esperar por um brinde. E mais comovente ainda foi ver os meus vizinhos menos favorecidos fretarem vans para conseguir chegar ao local e finalmente poder me abraçar e comprar um livro meu. Houve até quem comprasse oito de uma só vez para presentear! Uma verdadeira demonstração de respeito à arte e ao artista que muitas vezes debruça-se por anos sobre a sua obra sem ter o mínimo reconhecimento por parte da sua comunidade quando o seu trabalho é posto à prova.
É muito gratificante a sensação de pertencer verdadeiramente a um lugar, de ser estimado e respeitado por ele. E hoje eu posso dizer de coração que pertenço a este lugar e as estas pessoas que me acolheram. E que um pedaço do meu coração nunca deixará de estar aqui. Mesmo que um dia os meus passos me levem.
Obrigada, Uberlândia!, você deu um show de elegância ao acolher com afetuosidade o meu Amoras, cerejas, Morangos e... sapatos vermelhos.
VERA FORNACIARI
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